Por mais que não tenha destaque na matriz energética brasileira, a energia solar é uma das que gera mais interesse, afinal, está apresentando constante crescimento.
E este crescimento ganha ainda mais força em 2021, já que a BYD, companhia chinesa, pretende aumentar a produção de módulos para a geração de energia solar no Brasil. O investimento traz altas expectativas, já que a empresa recuou sua atuação em solos brasileiros no fim de 2019.
Pandemia, atraso ou avanço?
Por mais que a pandemia da Covid-19 tenha prejudicado a produção da BYD no Brasil, alguns entraves regulatórios também afetaram a importação dos módulos. Para incentivar a energia solar, o governo nacional ofereceu uma isenção temporária de impostos para a importação. A decisão gerou a insatisfação de algumas empresas nacionais e o recuo da empresa chinesa.
Além disso, os efeitos do coronavírus também trouxeram impactos negativos no ano passado. Mesmo assim, o setor estuda algumas medidas para superar as questões. No caso da BYD, uma das soluções é trabalhar em dois turnos para, assim, dobrar a capacidade para 250 MW por ano. O plano é atingir 400 MW de produção anual e gerar 500 empregos.
Mesmo com o atraso nos avanços, a recuperação é muito melhor do que a esperada: a queda nos pedidos de placas solares aconteceu entre abril e maio de 2020, mas em junho a empresa chinesa já registrou uma alta de 40% no Brasil.
Um dos grandes responsáveis pela retomada foi o setor do agronegócio, que passou a enxergar a energia solar como uma grande aliada. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o agronegócio corresponde a 8,7% da potência de energia solar de geração distribuída no Brasil. Entre os motivos para a escolha, está o aumento da competitividade dos produtores rurais.
Como eles conseguem reduzir os custos com eletricidade e ainda aumentar a segurança elétrica, passam a ser vistos com novos olhos. Outros motivos que levaram à escolha pela energia solar é proteger o consumidor de possíveis aumentos da tarifa de energia elétrica, agregar valor à marca e tornar a produção rural mais limpa e sustentável.