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Diversificação da matriz elétrica brasileira amplia as possibilidades de contratação de fornecimento.

Estudo da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel) indica que o mercado livre de energia é responsável por mais de 80% dos projetos de geração de energia atualmente em construção no Brasil. Aproximadamente 45 gigawatts (GW) de capacidade de geração de energia estão vinculados ao mercado livre, isto é, os montantes gerados devem ser diretamente direcionados à consumidores livres. Os projetos levantados pela Abraceel devem entrar em operação a partir de 2026 e representam investimentos da ordem de 150 bilhões de reais nos próximos cinco anos.

Fontes eólica e solar lideram os projetos em construção no Brasil, representando cerca de 83% do total de geração prevista. A tendência de forte expansão, sobretudo de projetos de geração eólica, segue uma tendência já observada nos últimos anos. O gráfico a seguir indica a evolução da capacidade instalada de geração eólica, com destaque para os anos de 2021 e 2022.

Evolução da capacidade instalada de fontes eólicas no Brasil


Fonte: Operador Nacional do Sistema (ONS).

O mercado livre tem uma relação direta com a expansão de novos projetos de geração elétrica. Dados do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) indicam que do total de projetos de fontes eólicas e solares financiados pelo banco entre 2018 e 2021, 49% receberam suporte direto de comercializadores de energia elétrica. A possibilidade de escolha das fontes de energia elétrica direciona investimentos em fontes renováveis, barateando a cada ano o preço final pego pelos consumidores.

Matriz elétrica e o mercado livre

A matriz elétrica brasileira ainda conta com a maioria de geração proveniente de fontes hidrelétricas (61%), mas com fontes eólicas já ocupando o segundo lugar em participação (12,4%). O equilíbrio na matriz elétrica é essencial para maior segurança no fornecimento e menor dependência de uma fonte. No caso das grandes usinas hidrelétricas, embora tenham reduzido custo de geração, são diretamente impactadas por eventos climáticos extremos, como períodos prolongados de seca.

Fontes solares também registram forte crescimento nos últimos anos, ainda que ocupem posição de menor participação na matriz elétrica. Em maio de 2019 o Brasil registrava uma capacidade instalada de 2.147 MW de fontes fotovoltaicas, já em meio de 2022 a capacidade chegou a 5.367 MW, um crescimento de mais de 200% em três anos.

Ao canalizar investimentos em fontes renováveis, o mercado livre se consolida como um ator relevante para aumentar paulatinamente o equilíbrio da matriz elétrica brasileira e, por conseguinte, a segurança no fornecimento.

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