2021 deve ser um ano em que o Brasil seguirá apostando no processo de modernização do setor elétrico, já que o tema está na pauta da indústria, das empresas e do governo. Afinal, a pandemia da Covid-19 mostrou que a transição, além de ser uma questão de tecnologia, envolve o comportamento do consumidor.

Mais do que apostar em fontes renováveis, a transição busca uma eficiência energética e o uso consciente da energia. Deste modo, principalmente grandes empresas devem reduzir a geração de carbono o quanto antes, já que também é uma pressão dos próprios investidores.

Pontos positivos da transição energética

O protagonismo de fontes renováveis carrega junto uma grande modernização do setor, uma remodelação na tabela de preços e uma abertura do mercado. Os pontos ganham ainda mais peso quando é analisada a velocidade em que o mercado está se recuperando dos impactos da pandemia. Isso mostra a maturidade do setor e o potencial de desenvolvimento sustentável.

Por mais que o consumo tenha diminuído no último ano, as oportunidades para 2021 são inúmeras: modernização da matriz energética brasileira, que já é muito mais avançada que o padrão mundial e a substituição de termelétricas por opções mais baratas, menos poluentes e que usem combustíveis renováveis. As novidades e potenciais avanços no setor ganharam início com a entrada em vigor do PLD horário no início do ano.

Todos estes pontos preparam o caminho para que a transição energética seja tranquila, junto com alguns ajustes regulatórios que seguem sendo estudados. Como exemplo dos ajustes, está o tratamento específico para usinas híbridas, integração entre energia elétrica e gás natural e revisão de encargos e subsídios. 

A aposta até o momento é que a transição energética seja impulsionada pela oferta e demanda. Quando se trata de oferta, a perspectiva é de crescimento exponencial das fontes eólica e solar, já que 70% da potência autorizada para estes recursos ainda não está em operação. Já a demanda prevê uma ampliação no Mercado Livre de Energia e a viabilização de novas tecnologias, como armazenamento de energia, geração distribuída e veículos elétricos.

Sob este panorama, a aposta é alta para que 2021 seja decisivo para a criação de um ambiente bem regulado, para que a transição ocorra de forma gradual, com preços viáveis e colocando o Brasil em posição de destaque quando a pauta é eficiência global, trazendo inúmeros benefícios para todo o setor, desde agentes a consumidores.

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