O acesso à energia é um pilar essencial para o bem-estar da humanidade e desenvolvimento econômico. As economias modernas dependem do fornecimento de eletricidade confiável e acessível. Ao mesmo tempo, a necessidade de evitar as drásticas mudanças climáticas vem provocando uma transformação nos sistemas globais de energia.

Setor Energético Global

O crescimento da demanda energética é uma das razões centrais pelas quais as emissões de CO2 do setor energético atingiram níveis recordes em 2018. Atualmente, mais de 80% da produção de energia global é conduzida por combustíveis fósseis, como gás natural, carvão e óleo. A participação das fontes renováveis representa apenas 25% da matriz elétrica global. Dentre estas, as hidrelétricas são as principais. Os países que mais consomem energia elétrica são China, Estados Unidos, Rússia, Índia, Japão e Alemanha.

Perspectivas

A Agência Internacional de Energia – IEA estima que até 2024 haja o crescimento de fontes renováveis e uma queda de 3% na participação do carvão na geração elétrica mundial. Esta porcentagem é pequena porque, apesar do consumo de energia proveniente de carvão estar em declínio na maior parte do mundo, continua a crescer na Ásia.

Além disso, as projeções da IEA são que, nas próximas duas décadas, haja um aumento na população mundial de 1,7 bilhão e um crescimento do padrão de vida em nações em desenvolvimento e recém industrializadas. Com isso, a demanda energética global deve aumentar em 24%.

Influência da pandemia de Covid-19

Diante do impacto imediato na saúde, a crise atual provoca significativas implicações nas economias globais, no consumo de energia e nas emissões de CO2. Estudos apontam que países que entraram em completo lockdown estão vivenciando uma queda de cerca de 25% na demanda energética semanal e, países em lockdown parcial, um declínio de cerca de 18%. No primeiro trimestre de 2020, a demanda energética mundial diminuiu 3,8%.

 A demanda global de carvão caiu aproximadamente 8% em relação ao primeiro trimestre de 2019. Isso porque a China, cuja economia é baseada em carvão, foi o país mais atingido pelo Covid-19 no primeiro trimestre e, também, pela baixa no preço do gás e pelo crescimento contínuo de fontes renováveis. Neste período, o consumo de óleo apresentou uma queda de aproximadamente 5%, principalmente pela redução da mobilidade e da aviação, que equivalem a cerca de 60% da demanda global de óleo. O impacto na demanda de gás foi moderado, cerca de 2%, visto que as economias baseadas em gás não foram fortemente afetadas nesse período. As fontes renováveis foram as únicas que apresentaram crescimento, pela maior capacidade instaladas e prioridade no envio.

Setor Energético Brasileiro

O setor energético brasileiro é baseado, principalmente, em hidrelétricas. Ele também conta com petróleo, carvão mineral e biocombustíveis e, em menor escala, gás natural e energia nuclear.  O petróleo atua na geração de energia para veículos motores e abastece as termoelétricas junto ao gás natural. Já a hidrelétrica é a principal fonte de produção de eletricidade. Assim, a diversidade da matriz energética brasileira mostra que o Brasil já está inserido no cenário de discussão sobre desenvolvimento sustentável. Entre os motivos, está por ser um dos países com setor energético mais limpo do mundo e, também, por buscar investir na produção de biocombustíveis e possuir um grande potencial para ampliação do setor eólico e solar. 

Neste contexto, o Mercado Livre de Energia contribui com o cenário brasileiro, fomentando o desenvolvimento de energias limpas e renováveis por meio da energia incentivada. Além disso, estimula a competitividade e a consequente melhoria dos serviços. Com o intuito de promover a ascensão de novas usinas renováveis, a Copel desenvolve projetos como o Mapa Solar, que fornece dados sobre a incidência de raios solares para identificar locais potenciais para a geração da energia fotovoltaica. Já o Projeto Ventar levantou o potencial eólico de 25 diferentes locais em 1994, no Paraná.

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