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Nível de armazenamento das grandes usinas hidrelétricas registra recuperação após longo período de secas. Reservatórios das regiões Norte e Nordeste se aproximam de 100% da capacidade.

Recuperação dos reservatórios

Dados do Operador Nacional do Sistema (ONS) de 13 de abril indicam uma recuperação consistente nos níveis de armazenamento das grandes usinas hidrelétricas. Após cerca de 2 anos com severa escassez de chuvas, sobretudo na região Sul, o indicador de armazenamento aponta para um ano de alívio ao setor elétrico brasileiro.

O subsistema Sudeste/Centro-Oeste, maior do país com uma representatividade de 70% do sistema, registra um patamar de armazenamento de 65%. Destaque para Furnas, uma das maiores usinas deste subsistema, que registra um nível de 83% em seu reservatório. Os subsistemas Nordeste, com registro 97% de armazenamento, e Norte, com um patamar de 99%, operam perto de sua capacidade máxima.

A região Sul, afetada intensamente nos últimos anos com o fraco regime hidrológico, registra um armazenamento de 54%. Ainda que distante da utilização total de seus reservatórios, o quadro de chuvas em 2022 é positivo também para este subsistema. Sua recuperação, no entanto, deve levar mais tempo comparativamente às demais regiões.

Impacto nos preços

Com os volumes de chuvas registrados no primeiro trimestre de 2022, o cenário de pressão sobre os preços de energia elétrica vistos no Brasil nos últimos anos deve arrefecer. Embora o patamar de preços já esteja elevado, novos acréscimos relativos à escassez hídrica em 2022 são improváveis.

De outro lado, o consumo de energia no Brasil segue uma tendência consistente de recuperação, após o controle sanitário da Covid-19. Para o ONS o consumo de eletricidade deve registrar aumento de 2,3%, comparativamente ao mesmo período de 2021. Este cenário nos indica que em 2022 a pressão sobre o setor elétrico passará da oferta de energia – impactada negativamente pela seca dos últimos anos – para a demanda em franca recuperação.

Para escapar da instabilidade dos preços de energia no Brasil, suscetíveis à numerosos encargos, oscilações climáticas e de consumo, o mercado livre de energia permite contratos com preços pré-definidos. Os consumidores ajustam previamente o patamar de preços que serão praticados ao longo do período de contrato com fornecedores ou comercializadores. O planejamento de custos do consumidor livre fica facilitado, protegido de grandes flutuações. Previsibilidade nos custos com eletricidade se torna um grande ativo para os consumidores associados ao mercado livre de energia.   

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