Saiba como as inovações em eficiência energética estão remodelando a indústria e impulsionando ganhos de desempenho e redução de custos.
O setor industrial se encontra em um momento de transição notável, moldado por avanços tecnológicos e energéticos que estão redesenhando a forma como a energia é utilizada. Essas mudanças não apenas impulsionam a modernização, mas também contribuem significativamente para o desenvolvimento sustentável do setor, alinhando-o a uma trajetória de melhor desempenho, produtividade aprimorada, redução de custos e utilização mais eficaz de fontes de energia elétrica. O cenário futuro das tendências em eficiência energética industrial é orientado por pesquisas de mercado que buscam enxergar décadas à frente.
Embora esse movimento já estivesse em andamento antes da pandemia, ele acelerou ainda mais a marcha dos meios produtivos em direção aos objetivos da Agenda 2030. Esses objetivos abrangem a construção de infraestruturas resilientes, promoção de uma industrialização inclusiva e sustentável e incentivo à inovação. Uma estratégia adotada por nações em busca da meta estabelecida no Acordo de Paris – manter o aumento da temperatura média global abaixo de 1,5ºC – é a transformação de seus setores industriais. Isso foi enfatizado também pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) durante a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP26), realizada em Glasgow, Escócia, no ano passado.
Por meio de programas tanto públicos quanto privados, as grandes indústrias brasileiras estão trabalhando para otimizar o uso de energia em seus processos produtivos. Esse aperfeiçoamento, além de minimizar custos, contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e, em última instância, para uma eficiência energética aprimorada na indústria. A expectativa é de uma economia considerável. Estima-se que, até 2030, as ações voltadas para eficiência energética representarão quase 6% do consumo total de energia elétrica na indústria brasileira, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Relativamente ao consumo elétrico, antecipa-se uma queda de 3% no mesmo período, aproximadamente 12 TWh – volume comparável ao consumo combinado das indústrias de mineração e pelotização em 2019.