O Brasil possui uma das maiores redes fluviais do mundo e conta com a usina de Itaipu que é considerada líder mundial na produção de energia limpa e renovável. Além disso, a água é uma fonte abundante e que não contribui para o aquecimento global, assim é justificado o grande destaque da energia hidráulica na matriz elétrica brasileira.

Funcionamento de Usinas Hidrelétricas

As usinas hidrelétricas são obras que contam com grandes infraestruturas hidráulicas e demandam imensos esforços de construção. Isso porque precisam aproveitar o maior potencial hidráulico do rio em que serão construídas. Apesar de utilizar uma fonte de energia renovável, provocam impactos irreversíveis nas regiões onde são instaladas.

O funcionamento dessas usinas se dá através da conversão da energia potencial de uma massa de água em energia elétrica. Isso se dá através de um sistema composto por barragem, sistema de captação de água, casa de força, canal de fuga e vertedouro. A barragem interrompe o ciclo natural do rio e cria um reservatório. Quando sai do reservatório, a água é levada até a casa de força através de um sistema de túneis. Lá, a força das águas gira as grandes turbinas, que são acopladas a geradores. E, por final, o canal de fuga permite que a água retorne ao leito do rio.

Impactos negativos

Neste contexto, a instalação de grandes usinas hidrelétricas pode levar a expropriações, nos casos em que a área de instalação era ocupada por comunidades indígenas, por exemplo. Além disso, promove o desmatamento que gera um desequilíbrio no ecossistema e pode provocar alterações no clima local, assoreamento do leito dos rios, extinção de espécies marinhas, alterações nas propriedades da água no reservatório e perda do solo da área inundada.

Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs)

As Pequenas Centrais Hidrelétricas — PCH são usinas com reservatório de até 13 km² e com potência instalada entre 5 e 30 MW, enquanto as Centrais Geradoras Hidráulicas — CGH são usinas com potência máximas de até 5 MW. O sistema de operação de uma PCH é igual ao de uma grande usina hidrelétrica. As PCHs são classificadas de acordo com a capacidade de regularização: a fio d’água, de acumulação diária e regularização diária do reservatório e de acumulação diária com regularização mensal do reservatório.

Benefícios das PCHs

Pelo menor porte, essas centrais são mais baratas e provocam danos menores e mais fáceis de abrandar ao ambiente, já que não exigem o alagamento de grandes áreas. Outra vantagem está associada ao fato de que podem ser construídas em menor tempo e em rios com pequenas vazões, permitindo a descentralização da geração de eletricidade no Brasil. Ainda, as PHC geram empregos locais e não exigem grandes linhas de transmissão. Por fim, carregam os benefícios usuais de utilização dos recursos hídricos: energia limpa com geração a preços competitivos. Hoje em dia, são vistas como uma maneira rápida e eficiente de expandir a oferta de energia elétrica no país e podem atender à demanda de pequenos centros urbanos, regiões rurais ou unidades industriais.

Centrais Geradoras Hidráulicas (CGHs)

As CGHs possuem uma estrutura semelhante à das PCHs, mas com tamanho ainda mais reduzido. Neste caso, podem ou não ter barragem e quando tem, a função é apenas de garantir a operação da tomada d’água e não de armazenamento. Um benefício na construção de uma CGH é a dispensa de concessão, permissão, autorização e trâmites na ANEEL, ou seja, considerável redução da burocracia.

Mercado Livre de Energia

No Mercado Livre de Energia, as PCHs fazem parte da energia incentivada, que garante desconto de pelo menos 50% da tarifa de transporte de energia e pode ser adquirida tanto pelo consumidor livre quanto pelo consumidor especial.
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