• Página Inicial

O Mercado Livre de Energia trouxe uma visão diferente para o mercado. As novas possibilidades de compra de energia mostraram a importância de ter órgãos regulatórios para garantir a transparência do processo.

Quando se fala em comercialização de energia, o Sistema de Medição para Faturamento (SMF) ganha destaque, já que é fundamental entender que o setor pede demandas muito específicas para rastreamento. O SMF tem como função principal o controle dos processos de contabilização de energia elétrica, que são regulados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O órgão também tem como finalidade a apuração das demandas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Como o SMF funciona

O SMF ajuda a monitorar a quantidade de energia gerada por usinas e consumida por indústrias para que a CCEE consiga controlar o mercado de forma eficaz.

Alguns cuidados devem ser tomados ao migrar para o Mercado Livre de Energia. Como o setor agrega diversas especificidades que não são encontradas no método comum de compra de energia, as empresas precisam ter muita atenção. 

A principal fase da migração – e a que merece um cuidado especial – é a adequação do sistema de medição para o faturamento de energia instalado. Somente após a implementação dos novos equipamentos e componentes será possível usar a nova forma de obtenção de energia.

Uma das obrigatoriedades do ONS e da CCEE para a migração, a adequação do sistema de medição para faturamento deve ser feita por alguém que tenha conhecimento técnico específico sobre o mercado. A técnica é exigida, já que o processo conta com ponto de medição instalado, elaboração de um diagrama unifilar de conexão da subestação da unidade com a rede básica e um projeto específico do sistema de medição e comunicação.

O projeto de adequação inicia com um estudo físico e elétrico das instalações, para entender como deve funcionar o sistema de comunicação e transferência de dados. Com isso, é possível que as informações sejam passadas de forma segura aos órgãos reguladores. Em seguida, o sistema de medição e faturamento é instalado, comissionado e testado. Neste momento, elementos como chave de aferição, painel, roteador, cabos de ligação e nobreak são testados para evitar possíveis preocupações do novo consumidor.

Em seguida, um relatório é enviado aos órgãos reguladores para assegurar a conformidade do processo e adequação às normas vigentes.

Para contabilizar de forma clara e objetiva, o SMF conta com os seguintes integrantes: medidor principal e de retaguarda, Transformadores de Instrumentos – TI, Transformadores de Potencial – TP, Transformadores de Corrente – TC, canais de comunicação entre os agentes e a CCEE e sistemas de coleta de dados de medição para faturamento. Os medidores são interligados ao Sistema de Coleta de Dados de Energia – SCDE para que a inspeção seja realizada de forma confiável.

O processo é complexo, mas fundamental para uma boa e segura migração para o Mercado Livre de Energia. Normalmente, a instalação do SMF é responsabilidade do consumidor, por isso é preciso atenção com a escolha da empresa especializada que fará o serviço.