As fontes de energias renováveis estão ganhando cada vez mais destaque nas matrizes energéticas mundiais. No Brasil, duas delas estão chamando atenção nos últimos anos: a solar e a eólica. Esta, por sua vez, é a segunda maior fonte da matriz nacional.
O que é?
Produzida a partir do vento, a energia eólica é aproveitada por meio da conversão de energia cinética de translação para energia cinética de rotação. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o Brasil conta com 637 parques eólicos e 7.738 aerogeradores que, no primeiro semestre de 2020, atingiram a marca de 16 GW de capacidade.
Por ser renovável e causar um baixo impacto para o meio ambiente e para o local de instalação, o modelo de geração oferece inúmeros benefícios ambientais, já que, ainda segundo a ABEEólica, a geração de energia eólica evitou a emissão de 22,8 milhões de toneladas de gás carbônico em 2019.
Os benefícios socioeconômicos também são relevantes. Afinal, os proprietários de terra que se tornam parques eólicos recebem tributos para receberem as torres. A renda extra vinda da geração de energia não impede outras atividades, como plantação e criação de animais, garantindo uma melhoria de vida. Para colocar as turbinas em prática, é preciso que os proprietários participem de estudos que minimizem os impactos da atividade, como a mudança da paisagem, impacto sonoro e alteração do comportamento migratório das aves na região.
Quando se trata de capacitação, ela é relativamente simples. A energia produzida pela rotação da turbina eólica aciona um gerador de energia elétrica por um eixo. Este, por sua vez, converte em eletricidade por meio de indução eletromagnética.
Potencial e expansão da energia eólica
Por contar com um ambiente favorável de abundância de ventos, o país costuma receber investimentos para alavancar o setor. Em 2019, a Bloomberg New Energy Finance (BNEF) apontou que o Brasil recebeu R$13,6 bilhões para o setor. Com isso, a infraestrutura de energia eólica nacional foi desenvolvida e se tornou suficiente para abastecer cerca de 86,3 milhões de habitantes.
Esta expansão se torna ainda mais sólida quando pensamos na qualidade dos ventos nacionais: eles são estáveis, não tem alterações bruscas na velocidade e direção e ainda apresentam a intensidade ideal. Estas condições normalmente são vistas no segundo semestre do ano e são muito mais produtivas do que o padrão visto no restante do mundo. Com isso, em 2020, o Brasil chegou ao 7º lugar no ranking mundial do Global Wind Energy Council (GWEC).
A previsão é que este potencial de crescimento se concretize em 2024, quando estima-se que o Brasil atinja 24,2 GW de capacidade instalada com os leilões realizados e contratos provenientes do mercado livre.
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