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Duas das mais importantes fontes alternativas de geração de energia elétrica no Brasil seguem avançando em potência instalada e geração. Em meio a incertezas hídricas, a expansão destas fontes se torna estratégica.

O Brasil alcançou 19,1 GW de capacidade instalada para geração eólica, o que representa um montante de 57 TW. No quadro geral da matriz elétrica brasileira, a geração eólica atingiu em junho de 2021 o patamar de 10,8%, apenas atrás da geração hidrelétrica, com 58,3%. Estima-se que em 2024 seja alcançada a marca de 30,2 GW de capacidade eólica instalada

O mercado livre de energia tem um papel de grande importância no crescimento destas fontes de energia. Consumidores associados ao mercado livre têm a opção de contratar energia incentivada para o fornecimento – tipo de energia proveniente de fontes alternativas, como eólica, solar, biomassa. A contratação desta modalidade proporciona aos consumidores descontos nas Tarifas de Utilização do Sistema de Distribuição (TUSD) de 50%, 80% ou 100%, a depender da fonte. 

Atualmente o Brasil conta com 726 parques de geração eólica, com 8.585 aerogeradores em operação ao longo de 12 estados. O Nordeste segue como principal região do país em geração, atualmente cerca de 95% da energia consumida no subsistema Nordeste do Sistema Interligado Nacional (SIN) provém de fontes eólicas. 

Energia solar: queda de preços melhora viabilidade da fonte

Já o quadro da energia fotovoltaica no Brasil, da mesma forma, registra crescimento – sobretudo na modalidade de geração distribuída. O total de geração fotovoltaica atualmente representa aproximadamente 2% da matriz elétrica brasileira, com 3.427 MW de potência. O crescimento da energia solar no Brasil tem íntima relação com a queda dos preços desta fonte. 

Em 2013 o preço médio estava em US $103 dólares, chegando em US $44 em 2017 e atualmente está em US $26 dólares. A redução dos preços de energia solar possibilita antecipar um crescimento futuro acelerado, sobretudo em um quadro de crises hídricas recorrentes e elevação dos custos com energia elétrica provenientes de fontes mais tradicionais no Brasil, como as fontes hidráulicas, dependentes do ciclo hídrico. 

O potencial de expansão da energia solar no Brasil, sendo um dos países mais ensolarados do mundo, é consideravelmente elevado. A despeito dos avanços registrados nos últimos anos, o país ocupa ainda a 16ª posição no Ranking IEA 2018-2020 de utilização de energia solar. China, Japão, Alemanha e Estados Unidos aparecem na liderança em termos de utilização da fonte.

Muitos dos países que possuem mercados de energia competitivos registram também crescente diversificação da matriz elétrica. Em especial se verifica o aumento da participação de fontes renováveis, fruto de incentivos setoriais que as conectam aos consumidores. Neste ponto o mercado livre de energia se faz importante para reduzir custos com energia e, paralelamente, desenvolver mecanismos de incentivo para o crescimento de fontes alternativas de energia.

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