Com o crescimento do consumo de eletricidade, o interesse no uso de energias renováveis tem aumentado a fim de minimizar o impacto ambiental causado pelo uso de combustíveis fósseis no setor energético. Apesar de representar apenas 1,5% da matriz energética brasileira, a energia solar é uma solução promissora, pois o calor do sol é abundante e inesgotável.  Junto a isso, a constante otimização tecnológica dos painéis solares torna a implantação desse sistema cada vez mais acessível.

As placas fotovoltaicas foram criadas na década de 1950, mas a primeira usina solar brasileira a gerar eletricidade em escala comercial foi instalada somente em 2011, em Tauá, no Ceará. Hoje em dia, o investimento em energia solar pode ser a solução para a crise energética brasileira e também pode promover a chegada de energia elétrica a regiões isoladas, já que o sistema não exige grandes linhas de distribuição.

Como a energia solar é aproveitada?

Existem três maneiras de aproveitar a energia solar: térmica, fotovoltaica e termossolar. Na primeira, a energia solar é captada por coletores solares que transferem o calor da radiação solar para um fluido. É a forma mais simples, usada no aquecimento de água, de ambientes ou em processos industriais. A segunda forma, energia fotovoltaica, é diretamente convertida em eletricidade através das células fotovoltaicas.

Já os sistemas termossolares ou heliotérmicos contam com um conjunto de espelhos que concentram a radiação solar em um ponto que aquece um fluido térmico. A consequente evaporação movimenta turbinas e aciona um gerador, produzindo eletricidade. 

Como funciona um painel fotovoltaico? 

Quando fótons, pequenos pacotes de energia provenientes do sol, atingem a superfície da célula fotovoltaica, liberam elétrons ali presentes. Esse processo é denominado efeito fotovoltaico. Como os condutores estão ligados aos pólos da célula, forma-se um circuito que permite o fluxo dos elétrons, gerando corrente elétrica. Esta energia é direcionada ao inversor, uma parte do sistema que adequa a energia às características nas quais ela será consumida. 

As células são constituídas por silício e contêm uma camada positiva e outra negativa, formando um campo elétrico, como em uma bateria. Um painel solar é constituído por várias células e, quanto mais painéis forem instalados, mais eletricidade será gerada.

Quando se planeja a instalação de painéis solares, é necessário levar em conta a demanda energética do proprietário ou da usina, o tempo em que ocorre incidência direta da luz do sol no local e o tamanho e a configuração da construção sobre a qual os painéis serão posicionados.

O potencial brasileiro para geração de energia solar

Os níveis de incidência solar no país são melhores do que em alguns países referência na geração desse tipo de energia. Além disso, investir em energia fotovoltaica no Brasil significa reduzir áreas inundadas pela instalação de novas hidrelétricas e também diminuir a necessidade de utilização de termelétricas, que possuem custo elevado. Aqui, a produção de energia solar é dividida em centralizada, que é gerada por grandes usinas e distribuída, que usa painéis instalados em residências e comércios.

Na Geração Distribuída, o consumidor é o produtor da sua própria eletricidade. Esta modalidade é ideal para empresas que não consomem energia o suficiente para participar do Mercado Livre. Já os consumidores do Mercado Livre podem se tornar autoprodutores. Neste caso, tem-se um custo evitado e maior previsibilidade nos gastos.

 Sob um aspecto geral, os benefícios dos painéis fotovoltaicos consistem na ausência de poluição sonora, baixa necessidade de manutenção, curto prazo para se obter o retorno do investimento e longa vida útil dos painéis. Além, é claro, da sustentabilidade. Para a Copel, a utilização de tecnologias que entregam eficiência e qualidade aliada à preservação do meio ambiente são valores importantes.

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