Mais do que uma estratégia econômica, apostar em recursos renováveis se tornou um pedido de socorro do meio ambiente e um interesse do consumidor.

A poluição causada por energias não-renováveis há anos causam a destruição gradativa do  ecossistema. Com pautas como esta ganhando cada vez mais a atenção e interesse do público, as empresas estão buscando um espaço no setor da energia limpa para, além de cumprir com obrigações ambientais, conquistar a fatia de mercado que busca consumir apenas de empresas que apoiam a causa.

Na teoria, é uma realidade viável. Na prática, o uso de energias renováveis podem trazer um custo excessivo para o consumidor. Para isso, Adriano Pires, sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE) e Pedro Rodrigues, sócio do CBIE acreditam que os incentivos verdes são extremamente necessários, mas que precisam de revisões.

Brasil verde

Segundo a dupla, o Brasil está em um patamar bastante avançado, já que 46,1% da oferta nacional de energia em 2019 foi de fontes renováveis. O número é bastante superior quando comparado com a média mundial, que é de 14,2%. O alto índice brasileiro se deve ao etanol e ao bagaço de cana, que correspondem a 39% das fontes renováveis. Em seguida, a fonte hídrica se destaca com 26,8% da matriz energética. Mesmo com uma participação pequena, as fontes solares e eólicas apresentam constante crescimento e merecem atenção.

Custo elevado?

Comprometido em ser cada vez mais renovável, o Brasil busca incentivar o setor. Como exemplo, está a retirada de tarifas de importação de equipamentos de energia solar. Com isso, o preço do kit solar acaba sendo menor e mais viável para quem busca adequar o consumo de energia.

Para reduzir ainda mais o custo de fontes limpas, o governo beneficia quem compra energia renovável há cerca de 10 anos. A medida começou a ser tomada para incentivar a compra do formato, já que a geração com fontes limpas costumava ser muito mais cara. Deste modo, os consumidores do Mercado Livre de Energia que optaram por fontes incentivadas recebem descontos nos encargos, que são financiados pelos próprios compradores por meio de um fundo na conta de luz.

Mesmo assim, é preciso atenção para que os gastos não acabem sendo ineficientes. Para isso, o CDE pretende incentivar ainda mais o setor em 2021. Outro ponto para minimizar a onerosidade do uso de renováveis está a revisão da isenção da cobrança de transmissão de consumidores que contam com geração distribuída em suas casas. As ações conjuntas buscam estimular o desenvolvimento das energias renováveis buscando benefícios para toda a sociedade.

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