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Em comparação ao mesmo período do ano anterior, o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) registra uma queda de 2% no consumo. No mesmo intervalo de tempo o mercado livre avança 10%.

Entre a primeira quinzena de julho de 2021 e o mesmo período de 2022 o consumo de energia por parte dos consumidores associados ao mercado livre cresceu pouco mais de 10%. Destacam-se os setores de serviços (23%), saneamento (17%), comércio (16%) e madeira, papel a celulose (14%). Estes dados acompanham a tendência registrada no mês anterior, onde o mercado livre avançou 7% e o ACR teve uma queda no consumo da ordem de 2%.

O aumento do consumo por parte dos consumidores associados ao mercado livre indica um crescimento na produção da economia brasileira de forma geral. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil (IBC/BR) indica um crescimento acima do esperado no segundo trimestre de 2022 (0,6%), embora pontue que o cenário de inflação elevada traga consigo maiores taxas de juros – o que deve levar a alguma redução da atividade no segundo semestre. Ainda assim, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) estima um crescimento de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022.

Como no mercado livre os preços finais de eletricidade são sensivelmente inferiores aos valores observados no mercado regulado, grandes consumidores tendem a migrar ao Ambiente de Contratação Livre (ACL). Dessa forma, quando se observa um avanço no consumo de energia por parte dos setores produtivos, o mercado livre igualmente irá registrar aumento de consumo.

Condições de geração e armazenamento

Se comparado ao mesmo período de 2021, a geração de eletricidade por fontes termelétricas teve forte redução (37%). Geração de eletricidade por fontes termelétricas são mais caras em relação às demais fontes, sendo utilizadas em maior grau em momentos de necessidade, quando há condições negativas para a geração nas demais fontes – sobretudo hidráulicas. Nesse sentido, a queda no uso das termelétricas no Sistema Interligado Nacional (SIN) revela uma melhora no sistema – ou, ao menos, um quadro de estabilidade das condições de geração.

Das demais fontes, cabe destaque para o avanço da geração eólica nos últimos 12 meses, com crescimento de pouco mais de 10%. A expansão desta fonte está diretamente ligada à ampliação do mercado livre de energia, uma vez que os consumidores livres podem escolher a fonte de energia e fomentar a geração por fontes mais limpas e baratas.

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