• Página Inicial

Superada a situação de crise hídrica observada em 2020 e 2021, o ciclo hidrológico tem favorecido a geração de energia hidráulica, permitindo recuo da participação das usinas térmicas no sistema.

O Sistema Integrado Nacional (SIN) registrou aumento na geração de energia por fontes hidráulicas (25,5%) em relação ao mesmo período de 2021. O aumento nas fontes hidráulicas vem acompanhado de queda na geração por fontes térmicas (-55%). Esta dinâmica sinaliza o afastamento do quadro de emergência hídrica vivida no país em 2021, quando a geração térmica teve de complementar as demais fontes.

Por ser mais cara e poluente, a geração térmica é utilizada no Brasil para momentos de baixa geração hidráulica nas grandes usinas hidrelétricas – geralmente quando afetadas por períodos de prolongada seca. A redução da geração por fontes térmicas, portanto, sinaliza maior saúde do sistema, geração elétrica mais barata e menos poluente.

A melhora no cenário resulta da hidrologia positiva em 2022, possível de ser percebida no índice de Energia Natural Afluente (ENA) do submercado Sudeste/Centro-Oeste – maior do sistema – que indica melhora de 15% frente ao ano anterior. Fontes eólicas registraram, igualmente, crescimento em relação ao mesmo período de 2021 (12%). Fontes de energia fotovoltaica/solar avançaram 46% na comparação em doze meses.

Atividade econômica e mercado livre de energia

Na esteira da recuperação econômica após a pandemia de Covid-19, que levou a uma queda no Produto Interno Bruto (PIB) da ordem de -3,9% em 2020 e avanço de 4,6% em 2021, os dados dos primeiros trimestres de 2022 apontam para a continuidade do desempenho positivo. Ainda que em menor patamar do que observado em 2021, o Instituto de Pesquisa econômica Aplicada (IPEA) prevê um crescimento de 2,8% para o ano e 1,8% para 2023.

A produção industrial tem puxado a atividade para cima em relação aos meses anteriores. A demanda de energia por parte dos grandes consumidores industriais tem acompanhado a tendência. Os resultados das operações no mercado livre de energia coincidem com este quadro, com crescimento em volume de negociações e quantidade de participantes – crescimento de 19% em relação ao ano anterior.

Grandes consumidores de energia em sua maioria encontram-se já associados ao mercado livre, uma vez que o Ambiente de Contratação Livre permite a livre negociação de fornecimento de eletricidade diretamente com geradores e comercializadores. Dessa forma, é possível personalizar os contratos de energia com montantes ajustados, local de entrega, preços de energia, sazonalidades de consumo, entre outras especificações que contribuem para uma maior eficiência na relação produção/consumo de eletricidade.  

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *